terça-feira, 14 de abril de 2015

GÜNTER GRASS (1927-2015)


O escritor Günter Grass morreu ontem a noite, na cidade de Lubeca - norte da Alemanha. Ele estava com 87 anos e tratava de uma infecção respiratória. Parece que foi uma morte repentina. Segundo informações das agências internacionais de notícias, ele estava trabalhando e tinha terminado um livro de contos, poemas e desenhos que deverá ser publicado em breve.

Dizer que Grass era o maior nome da literatura alemã moderna é chover no molhado. Sua obra confirma o seu prestígio internacional, não só pela beleza da forma literária, mas também pela crítica direcionada a história recente da Alemanha. Inclusive, ele pedia aos autores das novas gerações que também fizessem esse papel abordando temas espinhosos a nossa sociedade atual. O tambor, sua obra-prima, é o romance que melhor reúne essas características.

Uma pena que seus livros publicados no Brasil estejam fora de catálogo. Qualquer leitor que queira conhecer ou reler Grass terá que recorrer aos sebos. Não existe nenhum problema nisso, sebos salvam a literatura do mundo todo - guardadas as devidas proporções, lembram aquelas pessoas que decoram livros inteiros em Fahrenheit 451, de Ray Bradbury. No entanto, é triste perceber que um escritor tão importante esteja fora de circulação "oficial".

Uma amiga me dizia que novas edições colocam um autor em evidência e despertam novamente o interesse dos leitores. É aquela falsa máxima "o novo que 'renova'". Pode ser uma percepção ingênua, mas com a qual concordo de alguma maneira. Seguimos esperando esses relançamentos . Assim, Grass poderá descansar em paz ao saber que permanece vivo para sempre em nossas estantes por meio de sua obra.

*Imagem: reprodução Wikipedia.
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